Como criar um MEI (Microempreendedor Individual)
Para quem tem um negócio próprio, mas ainda não possui um CNPJ, saber como criar um MEI (Microempreendedor individual) pode ser uma ótima ideia para formalizar a empresa. Ele é ideal para pequenos empreendedores que trabalham normalmente sozinhos (ou com até um funcionário) e que faturam no máximo R$ 81 mil ao ano.
Neste artigo, vamos explicar a forma de como iniciar seu MEI, quais as vantagens de formalizar seu negócio, quais as taxas e muito mais. Confira!
Como criar um MEI (Microempreendedor individual)
Antes de começar a abertura do seu MEI, lembre-se que você precisa estar dentro das seguintes condições:
- Ter mais de 18 anos;
- Não ter outra empresa (nem como sócio, nem como titular);
- Faturar com sua empresa até R$ 81.000,00 por ano (cerca de R$ 6.500,00 por mês);
- Seu trabalho deve fazer parte das atividades que podem ser exercidas pelo MEI;
- Se for estrangeiro, você deve ter visto permanente.
Abrir o MEI é totalmente gratuito, simples e digital. Todo o processo é feito pelo site do Governo Federal e você não precisa pagar nenhuma taxa. Tome cuidado com sites e aplicativos que cobram por isso! O serviço é gratuito. Como MEI, você pagará uma mensalidade ao INSS, mas para abrir a empresa, não.
Agora sim, vamos ao passo a passo para abertura da sua pequena empresa:
Passo 1: Separe os documentos e pesquise a atividade em que seu negócio se encaixa
Para abrir o MEI você precisará realizar um cadastro no site gov.br. Para isso, tenha em mãos:
- Número do RG;
- Título de Eleitor ou nº do recibo da Declaração do Imposto de Renda;
- Dados de contato;
- Endereço em que você mora.
Além disso, você precisa pesquisar em qual atividade seu negócio se encaixa, assim como ter definida a forma de atuação e em qual local o negócio será realizado.
Cada prefeitura tem uma lista de atividades permitidas para microempreendedores individuais. Você também pode conferir a lista de atividades no site do Governo Federal, mas pode ser que tenham diferenças entre a lista da prefeitura da sua cidade e a do governo.
Outro nome que você vai se deparar nesse processo é o CNAE, que é o código no qual a atividade se encaixa.
Passo 2: Crie uma conta gov.br
Acesse o site www.gov.br/empresas-e-negocios/pt-br/empreendedor pelo navegador do seu celular ou computador. Clique em “Quero ser MEI” e, em seguida, em “Formalize-se”. Clique no botão “Crie sua conta gov.br” (se você já tiver cadastro, basta fazer o login com seu CPF e senha).
Para criar a conta, você precisa selecionar uma das opções de cadastro que o site te dá. O mais fácil acaba sendo o número do CPF, mas você pode escolher a que for melhor para você. Basta ir preenchendo os dados conforme eles forem sendo solicitados.
Preencha com bastante atenção os dados, porque será enviado um código por e-mail ou SMS para ativar o cadastro. Feito isso, está tudo pronto com sua conta gov.br! Você poderá utilizá-la para diversos serviços públicos.
Passo 3: Complete seu cadastro no Portal do Empreendedor
O próximo passo é acessar o site www.portaldoempreendedor.gov.br e clicar em “Formalize-se”. Faça login com sua conta gov.br, criada no passo 2, e autorize o acesso a seus dados. Aqui, a plataforma irá pedir um dos dois dados abaixo:
- Título de Eleitor: caso você se encaixe no público que não precisa declarar imposto de renda;
- Nº do recibo do Imposto de Renda: caso você seja obrigatoriamente declarante de imposto de renda.
Após preencher o dado solicitado, confira seu celular. Um SMS com um código será enviado para confirmar o pedido de abertura.
Passo 4: Informe o nome fantasia do seu negócio
Neste passo, você deverá informar qual o nome fantasia da empresa, que nada mais é que o nome do seu negócio. Aqui você também irá preencher em que local a sua empresa vai atuar: se será via internet, em casa, ambulante, endereço comercial etc. Aqui você também vai informar a atividade do seu negócio, que você definiu lá no passo 1.
Depois, você deverá informar o CEP do seu endereço residencial, onde você mora, e o CEP de onde sua empresa vai funcionar (se ela for funcionar em um local físico).
Passo 5: Emissão do Certificado de Microempreendedor Individual – CCMEI
Leia atentamente todas as declarações obrigatórias do MEI e, em seguida, será emitido o Certificado de Condição de Microempreendedor Individual (CCMEI). É neste certificado que estará comprovada a abertura da sua empresa, com a inscrição como MEI, CNPJ da empresa e o número de registro na Junta Comercial.
Calma, ainda não acabou! Como MEI você tem benefícios, mas também tem obrigações, como o pagamento de taxa mensal e a declaração de renda anual.
Quais os benefícios de ser MEI?
Formalizar sua empresa traz muitos benefícios, sendo o principal deles o acesso gratuito a um CNPJ e alvará de funcionamento. Com isso, você poderá:
- Participar de licitações públicas (atendendo contratos com o governo);
- Atender empresas e outras organizações que exigem emissão de nota fiscal;
- Acesso a produtos e serviços bancários (como abertura de conta corrente e de investimentos);
- Acesso às máquinas de cartão de débito e crédito;
- Ter melhores opções de crédito junto às instituições financeiras para investir na sua empresa.
Além disso, o microempreendedor individual tem direitos previdenciários garantidos, como aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade, entre outros. Outro benefício é a simplificação e unificação da cobrança de tributos.
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Quais as obrigações do MEI?
O MEI é isento de impostos federais normalmente cobrados de empresas maiores. Porém, deve realizar, mensalmente, o pagamento de um carnê com valor fixo. Esse valor considera a contribuição para o INSS (5% do salário-mínimo), mais o valor de R$ 1,00 para ICMS ou de R$ 5,00 para o ISS, atualmente está em torno de R$ 56,00 e R$ 60,00, dependendo da sua atividade.
Além disso, anualmente, o MEI deve realizar a Declaração Anual de Faturamento do Simples Nacional (DASN – SIMEI). Essa declaração não tem custo para o microempreendedor e é a forma que a Receita Federal verifica que a microempresa está regular. Além de que, o DASN serve como comprovante de renda do seu negócio, auxiliando na hora de comprovar o capital para solicitar empréstimos e/ou financiamentos.
Caso o trabalhador informal receba algum benefício previdenciário (como salário-maternidade, auxílio-doença, auxílio-idoso, aposentadoria por invalidez ou Benefício de Prestação Continuada), a formalização como MEI pode levar ao cancelamento do benefício. É importante verificar as regras e cumprir as obrigações mensais e anuais.
Outro fator importante é que, caso o MEI passe a trabalhar com carteira assinada, enquanto ainda tiver seu registro de MEI ativo, e venha a ser desligado sem justa causa pela empresa que está contratado, poderá não ter acesso ao seguro-desemprego.
Em suma, agora que você sabe tudo sobre como criar um MEI (Microempreendedor individual), já pode se tornar um e ter muitas facilidades e benefícios. E para começar, não precisa passar por aquela burocracia comum à abertura de empresas no Brasil. Você viu neste artigo que se tornar o MEI é fácil e não tem mistério.
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